Entre as espumas do mar e as brumas do ódio: literatura e resistência no conto 'Garopaba Mon Amour' (1977), de Caio Fernando Abreu
DOI:
https://doi.org/10.35921/jangada.v13i1.644Palavras-chave:
Literatura e resistência, Violência, Contracultura, Ditadura Militar brasileira, Caio Fernando AbreuResumo
O presente trabalho desenvolve um estudo sobre a produção literária brasileira dos anos 1970, focalizando na relação entre arte, repressão e resistência à luz das teorizações de Karl Erik Schollhammer (2013), Jaime Ginzburg (2007) e José Miguel Cortés, entre outros. Nosso objetivo principal é entender de que forma a literatura se armou contra o aparato repressivo da Diradura Militar no Brasil (1964-1985), desenvolvendo técnicas de experimentação estética e de subversão do poder hegemônico. Para tanto, recorre-se ao conto "Garopaba, mon amour", de Caio Fernando Abreu, publicado pela primeira vez no livro Pedras de Calcutá (1977), à guisa de verificar diferentes abordagens e metodologias no processo de embate ora mencionado. A partir desse trabalho, acredita-se que será possível a elaboração de uma análise relevante aos estudos que se debruçam sobre a literatura como parte de um sistema de transformação social.
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