Jangada: crítica | literatura | artes
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<p>A <strong><em>Jangada</em>: crítica, literatura, artes</strong>, ISSN 2317-4722, <strong>Qualis - CAPES:</strong> B1, é uma publicação eletrônica de periodicidade semestral, editada pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Viçosa - UFV, juntamente com um corpo de pesquisadores, artistas e escritores de diversas instituições de ensino públicas e privadas e organizações não governamentais.</p> <p>A <em><strong>Jangada</strong></em><em> </em>publica artigos de caráter teórico que contemplem áreas cujo objeto de estudo seja a linguagem em suas diversas manifestações, tais como os segmentos de <em>Estudos Literários</em>, <em>Crítica Literária, </em><em>Tradução</em> e<em> reflexões sobre as manifestações estéticas das Artes em geral. </em></p> <p>Gerida por professores e pesquisadores, sua missão é ser veículo de divulgação de trabalhos relevantes produzidos em instituições nacionais e estrangeiras, e seu objetivo é fomentar o diálogo acadêmico de alto nível entre pesquisadores das diversas áreas do conhecimento que têm as Letras como objeto de estudo.</p> <p>Os trabalhos submetidos à publicação podem estar em forma de artigo, ensaios, entrevistas ou resenhas de livros; devem ser inéditos e não ter sido (ou estar sendo) submetidos a outra publicação. Aceitam-se textos redigidos em português, inglês, francês e espanhol. Para outras informações, veja as Normas para elaboração e submissão de trabalhos.</p> <p>Ressalta-se que opiniões e ideias emitidas são de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). A Instituição ou quaisquer organismos editoriais vinculados à <em><strong>Revista Jangada </strong></em>não se responsabilizam pelo conteúdo dos artigos.</p> <p>_________________</p> <p>La Revue <strong><em>Jangada</em>: critique, littérature, arts</strong>, ISSN 2317-4322, est une publication électronique semestrielle éditée par le Programme d'études supérieures en Lettres de l'Université Fédérale de Viçosa-UFV, Centre de Sciences Humaines, Lettres et Arts-Département de Lettres-DLA, avec un corps de chercheurs, d'artistes et d'écrivains provenant de divers établissements d'enseignement publics et privés et d'organisations non gouvernementales.</p> <p>La <strong><em>Jangada</em></strong> publie des articles de caractère théorique concernant les champs qui ont pour objet d'étude la langue dans ses diverses manifestations, telles que les segments des études littéraires, de la critique littéraire, de la traduction et des réflexions sur les manifestations esthétiques des arts en général..</p> <p>La revue a pour mission d'être un véhicule de diffusion d'oeuvres pertinentes produites dans les institutions nationales et étrangères et son but est de promouvoir le dialogue de haut niveau académique entre les chercheurs de divers domaines de la connaissance qui ont les Lettres comme un objet d'étude.</p> <p>Les travaux soumis pour publication peuvent être sous forme d'article ou compte rendu de mémoires et de thèses soutenues récemment ; ils doivent être inédite et ne pas avoir (ou être en train d’être) été soumis à une autre publication. 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Artículos con más autores serán rechazados.</p> <p>Se reciben trabajos para publicación en flujo continuo en portugués, inglés, español y francés (siempre acompañados por título, resumen y palabras clave en ambas lenguas, portugués y la lengua del artículo). Los trabajos recibidos serán evaluados por miembros del Consejo editorial a través del sistema por pares doble ciego, o por evaluadores ad hoc, y se publicarán los artículos que sean aceptados por ambos evaluadores.</p> <p>Aunque se puedan enviar trabajos en flujo continuo, los artículos enviados a números temáticos deben respetar las fechas establecidas en la convocatoria.</p> <p> </p>Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Viçosapt-BRJangada: crítica | literatura | artes2317-4722Literatura de cordel: novos olhares, novas abordagens
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<p>Não se aplica.</p>Geovanni Gomes CabralFrancisco Claudio Alves MarquesCarla Kühlewein
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2023-04-172023-04-171201510.35921/jangada.v1i20.491Folhetos nordestinos vestidos de saia: a escrita da cordelista piauiense Ilza Bezerra
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/442
<p>Durante muito tempo, a literatura foi um universo hegemonicamente masculino, seja do ponto de vista da produção, seja da crítica literária. No cordel, mulheres também não apareceram na vitrine da produção de folhetos, como se esta fosse uma poética de homens. Recentemente, contudo, mulheres aparecem produzindo folhetos e ganhando repercussão nacional. Este artigo pretende discutir o fenômeno do apagamento feminino na produção de folhetos nordestinos, ao tempo em que aborda cinco cordéis da cordelista piauiense Maria Ilza Bezerra, que tem se destacado pela escrita de folhetos na contemporaneidade, tematizando a história de personagens femininas protagonistas. Contaremos com as seguintes contribuições teóricas: Zolin (2009), Lajolo e Zilberman (2011), Del Priore (2004), Perrot (2007) e Branco (1991) para discutir a participação das mulheres na produção e recepção do texto literário; Marinho e Pinheiro (2012), e Abreu (1999), para compreender o gênero cordel; acerca da literatura de cordel feminina, recorreremos a Luyten (2003), Souza (2006), e Melo (2016), entre outros estudiosos.</p> <p> </p>Weber Firmino AlvesNaelza de Araújo Wanderley
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2023-04-172023-04-1712063110.35921/jangada.v1i20.442Memórias da oralidade da minha avó: 'Antonino e o pavão do Mestre', cantoria e literatura de cordel
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/448
<p>Trata-se de uma investigação impulsionada a partir de um fragmento da memória de uma mulher negra, analfabeta e, por muitos anos, trabalhadora braçal na árdua tarefa do corte e plantio de cana-de-açúcar no interior do Estado do Rio Grande do Norte, minha avó. Cantada em momentos de conversa ou como instrumento de ninar, a trajetória de <em>Antonino e o pavão do mestre</em> ocupou um lugar tanto na sua memória, quanto na dos que a ouviam relatar a tão trágica história de morte e vingança entre uma criança e seu mestre. Para tanto, este estudo se fez possível a partir do embasamento metodológico da história oral (POLLAK, 1992) e da análise documental (ARÓSTEGUI, 2006) da literatura de cordel, partindo de um lugar de memória (BOSI, 1979) afetiva, perpetuado pelo tempo e permitindo a aproximação com a escrita popular, algo que proporciona ao pesquisador o anseio pela descoberta de sua origem, trazendo à tona aspectos da identidade social construídos por meio das vivências históricas, difundidas na atualidade pela historiografia.</p>Jefferson Melo da Silva
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2023-04-172023-04-17120325710.35921/jangada.v1i20.448De Maria a Isabel, do silêncio ao grito: chega de machismo no cenário e nos versos do cordel
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/455
<p>Este artigo versa sobre a importância da luta das cordelistas pelo fim dos discursos e posturas machistas no cenário da literatura de cordel brasileira. Pretende-se situar sexo e gênero de forma a entender como todo corpo feminino é atravessado por essa construção social que define o que é ser e o que pode ou não uma mulher. Norteiam esta abordagem as propostas de outras práticas metodológicas para o estudo das poéticas orais/da voz (MATOS, 2018) e as reflexões que problematizam as relações de gênero, reformulando as concepções do feminismo ocidental branco (OYEWÙMÍ, 2021). Forjada pela tradição oral, feita para ser cantada nas praças, nas feiras, a literatura de cordel brasileira era um campo majoritariamente masculino, fruto de um tempo em que a mulher não tinha direitos básicos como estudar e votar. Um corpo feminino produzindo e erguendo a voz pelas praças e feiras do país era algo inconcebível, talvez esse seja um dos motivos para o distanciamento das mulheres do cenário da literatura de cordel por muitos anos. Contudo, essa realidade vem mudando e muitas vozes femininas têm se erguido para dominar esse campo da literatura e gritar pelo fim do machismo nos versos e no cenário do cordel brasileiro.</p>Daniela Souza SilvaAlvanita Almeida Santos
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2023-04-172023-04-17120587810.35921/jangada.v1i20.455Cartografia dos folhetos e suas ilustrações: histórias na encruzilhada do tempo
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/472
<p>Livros impressos em verso; leituras que seduzem, encantam, sensibilizam e educam. Literatura que percorreu praças e mercados, declamada por poetas e seus admiradores. Os folhetos de cordéis têm muito a nos contar; suas páginas narram um Brasil que se deixou representar por histórias fantásticas de reis, rainhas, política e economia. Inseridos em uma <em>economia escriturística</em>, esses impressos dialogam com múltiplos deslocamentos, entre o oral e o escrito, entre o tempo e a narrativa. Pensar nos folhetos é ir muito além dessa descrição, é conhecer um suporte documental, seus fios e cartografia, que transita na encruzilhada do tempo. Nesse sentido, suas capas e suas ilustrações permitem percorrer um campo visual marcado de códigos, símbolos e especificações materiais. Para entender esse percurso investigativo, dividimos a análise em dois momentos: o folheto enquanto escrita e o folheto na dimensão visual de sua capa.</p>Geovanni Gomes Cabral
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2023-04-172023-04-171207910010.35921/jangada.v1i20.472Uma aproximação dos romances de cordel com os contos de fadas a partir dos romances 'A princesa do Reino da Pedra Fina' e 'O Princípe e a Fada', de Manoel Pereira Sobrinho
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/471
<h1 style="margin-bottom: 12.0pt;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%; font-weight: normal;">Este artigo analisa, sob uma perspectiva analítica, os aspectos literários, fantasiosos e mágicos dos gêneros Literatura de Cordel e Conto de Fadas partindo da leitura de dois romances de cordel: <em>A princesa do Reino da Pedra Fina</em> e <em>O Príncipe e a Fada</em>, ambos de Manoel Pereira Sobrinho. Para tanto, é preciso que se discuta a saga do Conto popular, no que tange tanto à Literatura de Cordel como aos Contos de Fadas. Assim, a análise comparativa entre as obras de cordel e os gêneros é traçada, verificando as semelhanças desses gêneros de caráter normalmente oral, perpassados de geração em geração, em que o fito se desenvolve graças à fonte inesgotável do imaginário popular, como postula Paul Zumthor (1997, p. 247). Percebe-se, portanto, o recorrer do homem a alguma narrativa que, de maneira simbólica ou realista, lhe fala da vida a ser vivida e dos fatos desconhecidos, exteriores a ele, que lhe causam ânsia. Essa procura se encontra na leitura de contos que tenham o maravilhoso, o imaginário e o fantástico retratados.</span></h1>Cleysson Bruno Costa RodriguesMaria do Socorro Carvalho
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2023-04-172023-04-1712010111710.35921/jangada.v1i20.471As heroínas amefricanas: os cordéis de Jarid Arraes sob análise decolonial
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/467
<p>Os cordéis da coleção <em>Heroínas Negras Brasileiras</em>, de Jarid Arraes, são posicionados neste artigo enquanto produções literárias decoloniais ao apresentarem as histórias das <em>amefricanas</em>, mulheres negras cujas trajetórias foram significativas para a história do Brasil. Os folhetos são acionados pela escritora enquanto ferramentas políticas, com abordagens relevantes aos feminismos negro e decolonial, bem como a manutenção de elementos importantes para a literatura de cordel, a “estética da tradição” (ARRAES, 2019). Os cordéis da coleção são analisados a partir de repertórios não hegemônicos propostos por intelectuais relacionadas ao feminismo decolonial, como a categoria metodológica da <em>Amefricanidade</em>, de Lélia Gonzalez (1988), o conceito de <em>locus fraturado</em> de María Lugones (2014), assim como as movimentações dialéticas entre opressão e ativismo, de Patricia Hill Collins (2019). A localização das <em>amefricanas</em> em suas potencialidades, enquanto heroínas produtoras de saberes de resistência, nos permite versar também sobre as posições de heróis e anti-heróis no campo da literatura de cordel, compreendendo a reorganização operada pela cordelista.</p>Jiliane Movio Santana
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2023-04-172023-04-1712011813810.35921/jangada.v1i20.467Literatura, História e Direito: os folhetos de cordel como instrumento para a (in)formação da cidadania
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/466
<p>Este artigo apresenta uma discussão acerca da (in)formação da cidadania, dando destaque ao uso da Literatura de Cordel, considerando ser esta uma fonte de leitura e interação. O estudo tem como objetivo identificar a Literatura de Cordel como uma linguagem que possibilita a (in)formação cidadã das pessoas, sejam elas alfabetizadas ou não, uma vez que por meio desta prática e aliada a multidisciplinaridade, pode-se viajar entre as diferentes linguagens e tradições, exercitando e desenvolvendo capacidade de cognição, leitura e crítica. Mais do que observar o registro da experiência histórica, esta pesquisa aborda o diálogo entre os folhetos de versos e as atividades cartoriais, identificando a voz informativa e formativa desses para ações de cidadania às diferentes comunidades do Brasil.</p>Cristine Fortes LiaFrederico Herbert Carvalho de Santana
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2023-04-172023-04-1712013916010.35921/jangada.v1i20.466Produção, leitura e compartilhamento de textos cordelísticos nas redes sociais da internet
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/464
<p>Neste artigo, discute-se a virtualização dos textos populares à luz da teoria de mídias e da história da leitura, evidenciando os recursos e espaços que os poetas populares dispõem para produzir e dar circularidade aos seus textos nas redes sociais, bem como dialogar sobre a recepção por parte do público leitor. Para a construção do estudo, recorremos a métodos mistos, oriundos da pesquisa bibliográfica, do estudo de caso e da recente netnografia. O trabalho é composto de uma revisão de literatura, construída a partir dos pressupostos inerentes ao campo das teorias supramencionadas e das questões de cultura, estabelecendo por <em>corpus</em> cordéis e seus respectivos comentários extraídos de perfis de cordelistas notabilizados na rede, e adotando por critério de seleção os textos com maior número de participação dos internautas, curtidas, compartilhamentos e comentários (entre os encontrados nas redes dos cordelistas alcançados no estudo).</p>Abinalio Ubiratan da Cruz SubrinhoElizabeth Gonzaga de Lima
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2023-04-172023-04-1712016117210.35921/jangada.v1i20.464Cordel com tempero capixaba
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/463
<p>Busca-se, neste artigo, apresentar a literatura de cordel que vem sendo produzida no Estado do Espírito Santo. É exposto o cordel a partir de sua chegada em nosso país através das averiguações de Abreu (1999). Mapeia-se cordelistas/ produtores de cordel capixabas e analisa-se, através de um movimento dialógico, algumas dessas produções capixabas a fim de se estabelecer a arquitetônica de folhetos ou poemas de poetas, os quais, debruçaram-se nesse estilo a <em>priori</em> nordestino. Observa-se que a literatura de cordel do Espírito Santo é pouco evidenciada nesse Estado e almeja-se fazer ecoar as vozes desses autores através desta pesquisa, assim como expor a potência do cordel capixaba.</p>Rodrigo dos Santos Dantas da Silva
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2023-04-172023-04-1712017319310.35921/jangada.v1i20.463Inácio da Catingueira e Luiz Gama: duas vozes poéticas negras pela liberdade
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/458
<p>Neste artigo trataremos de dois poetas negros cujas composições nos chegaram por meio da poesia, mas por diferentes suportes: Inácio da Catingueira, poeta e cantador escravo do final do século XIX, teve suas pelejas reproduzidas pelos poetas de cordel; Luiz Gama, poeta abolicionista, através de suas <em>Trovas Burlescas</em>. Ambos se manifestaram, em primeira pessoa, pela liberdade e pelo direito à voz: Inácio, nos terreiros e alpendres da casa grande; Gama, nos jornais, militando pela Abolição e por sentenças mais justas para os cativos levados ao tribunal.</p>Gustavo Henrique Alves de Lima
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2023-04-172023-04-1712019421310.35921/jangada.v1i20.458Cordel: oralidade e escrita em fluxo
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/470
<p>O texto apresenta uma reflexão sobre os efeitos de um padrão teórico-crítico dicotômico a atuar nos estudos do cordel no Brasil. De acordo com esse modelo, a originalidade e autenticidade dessa poética devem-se ao seu pertencimento unilateral à tradição oral ou à cultura escrita e suas tecnologias de impressão, sem tensionar as linhas de força que atravessam a coexistência oral/escrito, com suas complexas temporalidades. A pesquisa de abordagem qualitativa, delineada como estudo bibliográfico, orienta-se por uma perspectiva teórico-metodológica de inspiração decolonial, aproximando-se de autores, como Santos (2007), Quijano (2005) e Mignolo (2003, 2008). Visualiza-se, portanto, abordagens que problematizam um padrão interpretativo excludente e constroem significações mais holísticas ao considerarem o cordel em suas teias culturais. Destaco essa dimensão nos trabalhos de Francisca Pereira dos Santos, pesquisadora que apresenta uma compreensão das dinâmicas organizacionais e dos elementos constitutivos do cordel, acionando reflexões teóricas produzidas por mulheres cordelistas. Pretendo com essa escrita conectar-me ao esforço de pesquisadores que assumem uma postura dialógica com os/as poetas e o risco de produzirem uma escrita com esses textos e não apenas sobre eles.</p>Vanusa Mascarenhas Santos
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2023-04-172023-04-1712021422710.35921/jangada.v1i20.470 Reflexos da literatura picaresca na literatura de cordel: análise de 'Presepadas de Pedro Malazarte' e 'Proezas de João Grilo'
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/459
<p>Entre os séculos XVI e XVII, na Espanha, surgiu uma nova forma narrativa que passou a trazer relatos de protagonistas marginalizados na luta pela sobrevivência e, posteriormente, foi denominada como romance picaresco. Um dos livros considerados o gérmen da literatura picaresca é <em>Lazarillo de Tormes</em>, de autoria desconhecida, lançado provavelmente entre 1552 e 1553. A partir do século XVII, vários livros surgiram em diversos países ao redor do mundo influenciados por essa nova forma narrativa. Neste artigo, vamos analisar os cordéis brasileiros <em>Presepadas de Pedro Malazarte</em> e <em>Proezas de João Grilo</em>, lançados no século XX, sob a perspectiva da literatura picaresca. Para isso, iremos relacionar teóricos que refletiram sobre o assunto, como Mario González, Francisco Topa e Antonio Candido, além de destacar a influência da literatura picaresca em alguns romances brasileiros e examinar detalhadamente os cordéis citados.</p>João Elias Cruz Neto
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2023-04-172023-04-1712022824210.35921/jangada.v1i20.459Da cantoria à literatura de cordel: cantigas de desafio, pelejas, debates entre poetas em Portugal e no Brasil
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/478
<p>No presente ensaio, o autor discute sobre cantigas, desafios, pelejas, debates etc. com exemplos de sua rara coleção.</p>Arnaldo Saraiva
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2023-04-172023-04-1712027228110.35921/jangada.v1i20.478Patrick Chamoiseau : "Guerrier de l'imaginaire" en langue française
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/436
<p class="Textbody" style="margin-bottom: 0cm;"><span lang="FR" style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">L’œuvre de Patrick Chamoiseau, souvent classée dans la « littérature francophone », s’écrit à la croisée des langues créole et française. Initialement conflictuelle, la relation entre ces langues a évolué dans l’écriture de l’auteur martiniquais contemporain pour donner naissance à une éthique et une esthétique capables de renouveler les modalités de la fiction littéraire. L’article se concentre sur son œuvre romanesque et sur deux de ses essais. Ces textes me permettront de montrer en quoi l’écriture de Patrick Chamoiseau, née d’une relation complexe entre langue française et langue créole, parvient à dépasser les conflits linguistiques et à proposer un imaginaire mixte et singulier, répondant aux soupçons portés sur le récit littéraire dans le contexte postmoderne.</span></p>Camille Thermes
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2023-04-172023-04-1712024325710.35921/jangada.v1i20.436Mrs Dalloway encontra Virgínia Woolf: um estudo sobre a autonomia de mulheres
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/460
<p>Este artigo visa a analisar a obra <em>Mrs Dalloway</em> (1925), de Virgínia Woolf, promovendo um estudo sobre a autonomia feminina, para investigar a aproximação entre Clarissa Dalloway e Woolf, visto que a autora dispõe da técnica do diálogo interior para presentificar sua personagem, como o conceito desenvolvido por Braith (1985). Esta abordagem permite ao leitor o acesso à relação entre o escrito e o vivido, considerando que a moldagem das subjetividades da narradora-protagonista se dá por meio de um contexto sócio-histórico e cultural, do qual a autora também fazia parte. Pressupõe-se que o tempo é uma personagem marcante na trajetória de Dalloway, pois este permeia a vida da protagonista. Tendo Woolf como uma referência da escrita de fluxo de consciência, o tempo é um influenciador de ações, pois as relações com os espaços público e privado auxiliam na compreensão de como as mulheres se moldam para se adaptar ao ambiente no qual se encontram. Como metodologia para este trabalho, utilizou-se um arcabouço teórico pautado na crítica literária feminista e estudos de gênero. Assim, pretende-se a aproximação entre autora e obra com o intuito de identificar traços de Woolf na personagem.</p>Tainá Dias de CastroNatália Fontes de Oliveira
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2023-04-172023-04-1712025827110.35921/jangada.v1i20.460A carta de Satanás a Bolsonaro
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/496
<p>Cordel:</p> <p>ZÉ DE QUINÔ. <em>A carta de Satanás a Bolsonaro. </em>Arapiraca/AL: Adições Agrestina, 2022.</p>Zé de Quinô
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2023-04-172023-04-1712030631610.35921/jangada.v1i20.496Julia Lopes de Almeida: um (com) pássaro adiante
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/497
<p>Cordel </p> <p>SANTINI, Edmilson. <em>Julia Lopes de Almeida – </em>um (com) pássaro adiante. Rio de Janeiro: Vermelho Marinho, 2022.</p>Edmilson Santini
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2023-04-172023-04-1712031732510.35921/jangada.v1i20.497Expediente
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/492
<p>Não se aplica.</p>Equipe Jangada
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2023-04-172023-04-17120351355"Brasil Tumbeiro": História, memória e escrevivência
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/443
<p>Resenha do livro <em>Brasil Tumbeiro</em>, de Mário Aranha, com ilustrações de Eduardo Vetillo. 1<sup>ed</sup>. Campinas/SP: Editora Mostarda, 2021.</p>Cesar Casella
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2023-04-172023-04-1712028228610.35921/jangada.v1i20.443Sertão das arábias
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/449
<p>Resenha do livro <em>Sertão das Arábias</em>, escrito e ilustrado por Fábio Sombra. São Paulo: Escarlate, 2016.</p>Dayse Oliveira Barbosa
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2023-04-172023-04-1712028729010.35921/jangada.v1i20.449Écriture et infini
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/429
<p>Notules sur <em>Écriture et infini </em>:<em> essais sur la mystique en littérature</em> d’Atmane Bissani. Tanger : Sagacita, « Questions de littérature », 2022.</p>Abdelouahed Hajji
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2023-04-172023-04-1712029129610.35921/jangada.v1i20.429A carta de Satanás a Bolsonaro: perfil de uma autoria
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/490
<p>Resenha do cordel <em>A carta de Satanás a Bolsonaro </em>de autoria de Zé de Quinô. Arapiraca: Adições Agrestina, 2022.</p>Dirceu Magri
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2023-04-172023-04-1712020730110.35921/jangada.v1i20.490Julia Lopes de Almeida: um (com) pássaro adiante
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/494
<p>Resenha do cordel <em>Julia Lopes de Almeida – </em>um (com) pássaro adiante, de Edmilson Santini. Rio de Janeiro: Vermelho Marinho, 2022.</p>Joelma Santana Siqueira
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2023-04-172023-04-1712030230510.35921/jangada.v1i20.494Leitura, cordel e formação de leitores: uma experiência em um clube de leitura on-line
https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/article/view/438
<p>Este artigo objetiva compreender de que forma as experiências de leitura de cordel em um clube <em>on-line</em> contribuíram para a formação leitora de estudantes de uma escola municipal, localizada na zona rural de Monteiro, Paraíba, no período em que atuamos como bolsistas do Programa de Residência Pedagógica. Para tanto, além de notas de diário de campo, valemo-nos de um questionário aplicado aos alunos que participaram do clube de leitura e à professora de Língua Portuguesa da turma e supervisora da intervenção. Metodologicamente, esta pesquisa consiste em um estudo de caso, de cunho qualitativo e ancora-se, teoricamente, nas discussões de Candido (2004), Marinho e Pinheiro (2012) e Medeiros e Pinheiro (2014), que nos serviram de suporte para pensarmos o lugar da Literatura e do cordel na formação de leitores; bem como nos pressupostos de Cosson (2014), Luzia de Maria (2016) e Souza (2018) que, por sua vez, nos foram imprescindíveis na reflexão sobre os clubes de leitura. A análise e os resultados obtidos nos permitiram identificar que o clube de leitura, a seleção dos cordéis, a linguagem deles e as temáticas trabalhadas contribuíram para que os discentes envolvidos vivenciassem a experiência do clube de forma ativa; isto é, lendo, comentando, compartilhando opiniões e se posicionando de forma crítica frente aos textos e, com isso, desejassem continuar presentes a cada encontro do clube. </p>Jaqueline Avelino da Silva Marcelo Medeiros da Silva
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