Traços de um rascunho pós-dramático: “...é o que fica.”

Autores

  • Paulo Henrique de Oliveira Universidade de Brasília
  • Juan Filipe Stacul

DOI:

https://doi.org/10.35921/jangada.v0i11.160

Palavras-chave:

Dança-teatro, Teatro-físico, Teatro Pós-dramático, repetição e transformação, Literatura e teatro, Caio Fernando Abreu

Resumo

Neste artigo, investigou-se a presença dos modos de criação cênica a partir de alguns elementos da Dança-teatro e do Teatro-físico no Teatro Pós-dramático. Desse modo, a construção cênica teve como um dos alicerces da pesquisa o conto “A caixinha de música” do Caio Fernando Abreu e as movimentações tiveram ênfase na repetição de movimento ou gesto, na abstração da construção dramatúrgica, além de um trabalho sobre as possibilidades da movimentação que visam criar uma narrativa principal para além de uma fábula com linearidade dramatúrgica. Portanto, buscou-se um trabalho cênico que tenha o corpo como principal vetor de base para a criação cênica e uma disruptura do teatro clássico, o qual possui em suas bases a conexão dramatúrgica por meio de texto falado e ações claras e condizentes com a construção de um personagem realista.

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Publicado

2018-11-13

Como Citar

Oliveira, P. H. de, & Stacul, J. F. (2018). Traços de um rascunho pós-dramático: “.é o que fica.”. Jangada: Crítica | Literatura | Artes, 6(1), 196–211. https://doi.org/10.35921/jangada.v0i11.160