Pena feminina: a crônica de Adília de Albuquerque na imprensa cearense do início do século XX

Autores

  • Carla Pereira de Castro UFC - Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.35921/jangada.v1i16.305

Palavras-chave:

Adília de Albuquerque, Imprensa cearense, Século XX, Literatura de autoria feminina.

Resumo

A participação na imprensa cearense do final do século XIX e do início do século XX era praticamente restrita aos intelectuais do sexo masculino que, ao longo dos anos, demarcaram seus espaços amparados pela cultura do patriarcalismo, na qual as mulheres deveriam se dedicar somente aos cuidados com o marido e o lar. Poucas foram as mulheres que ousaram ingressar nessa seara. No século XIX tivemos a participação de Francisca Clotilde e de Anna Nogueira Baptista na Padaria Espiritual e no Club Literário. No século XX, outras mulheres também ousaram escrever e a publicar, as irmãs Amélia de Alencar e Olga de Alencar editaram o seu próprio jornal O Astro ainda em 1902. Adília de Albuquerque também fez parte desse cenário, escrevendo crônicas para diversos jornais, dentre eles o Ceará Ilustrado, A Razão e O Povo. Entretanto poucas são as informações sobre a escritora. Nesse artigo pretendemos resgatar a participação de Adília de Albuquerque na literatura de autoria feminina cearense, corrigir dados sobre a sua biografia e apresentar textos de sua autoria publicados na década de 20. Para fundamentar nossas pesquisas utilizaremos os estudos de Constância Lima Duarte e Hélène Cixous, que analisam a literatura de autoria feminina.

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Publicado

2021-01-30

Como Citar

Pereira de Castro, C. . (2021). Pena feminina: a crônica de Adília de Albuquerque na imprensa cearense do início do século XX. Jangada: Crítica | Literatura | Artes, 8(2), 264–279. https://doi.org/10.35921/jangada.v1i16.305